sábado, outubro 29, 2005
Teocracias...
Presidente iraniano, Mahamud Ahmadinejad apelou abertamente, a que o Estado de Israel seja "riscado do mapa".
Há uns anos, assisti a uma conferência subordinada ao tema Holocausto. Durante três dias foram apresentadas, por especialistas na matéria, várias reflexões sobre o assunto. Alguns testemunhos vivos e descendentes dos que viveram aquele horror também desfiaram, emocionados, as suas memórias doloridas.
Uma das questões colocadas e debatidas foi a seguinte:
"Se existisse um território onde se baseasse a nação judaica, um Estado de Israel reconhecido e com lugar entre as nações do mundo, teria acontecido o Holocausto?"
Quando é que os povos deste planeta admitirão que deve haver lugar para todos?
Porquê o temor de que a democracia more a "paredes meias" com os estados teocráticos? (uma criação das "forças de opressão mundiais"como "um posto avançado para expandir as suas ideias no próprio coração do mundo islâmico". - disse Ahmadinejad -SIC online)
Já tentei fazer um esforço para entender razões históricas, religiosas, políticas, económicas... e concluo que já não tenho pachorra para aturar fanatismos e intolerâncias medievais, venham de que quadrante vierem.
Protestos belgas
Oitenta mil belgas na rua
Trabalhadores lutam contra aumento da idade de reforma.
Mais de 80 mil trabalhadores iniciaram hoje uma jornada de protesto contra a intenção do Governo belga de aumentar a idade de reforma dos 58 anos para os 60 anos.
Por cá, no ensino, reformar-me-ei aos 65 anos de idade, com 47 anos de serviço. Quem me mandou começar a trabalhar cedo?
Hipocrisias...
A teórica apologia da vida e o que se deseja realmente é que se morra a trabalhar.
Descontos de uma vida desperdiçados, mal investidos, por uma corja de incompetentes que nos vêm governando ano após ano.
Tenho dificuldade em acreditar que aguente firme e saudável, durante mais 12 anos a lidar com alunos com comportamentos cada vez mais difíceis, sem objectivos e sob o dedo acusatório de uma opinião pública que desconhece a verdadeira dimensão do desgaste e das angústias de um professor dos nossos dias.
terça-feira, outubro 25, 2005
Estes "romanos" são loucos!
Um novo blog com material que daria pano pra mangas ao Goscigny e ao Uderzo, tal a comicidade e o ridículo que se vão acumulando no cenário político português.
A ir visitando, que matéria-prima não vai, decerto, faltar. Adorei recordar, por exemplo, o discurso de Tulius Detritus sobre o Sr. Silva.
O Presidente sou eu
segunda-feira, outubro 24, 2005
Ad duo
sábado, outubro 22, 2005
Livro das Encantações
Livro das Encantações
Ana Mafalda Leite
É quando cresce o corpo do poema. Da mais estrema infância. Moçambique, nome a desocultar-se. Suas declinações. Em Ana Mafalda Leite, sempre pressenti e li esse canavial, lá onde o Zambeze alarga suas margens. Fosse na mais pura ou minimal exaltação lírica, na pose-corpo da palavra evolando odores de especiarias de coreográfica sedução, fosse na assunção dessa torrente quase erótica, desnudez do desejo com tecidos-panos em jogo de Xerazzade a cada verso desadormecendo o Tempo, a poeta de Rosas da China ou de Em Sombra Acesa, há muito se andarilha fascinada, como Cecília Meireles, pelos muitos Vaga-lumes e Ecos que lhe iluminam e ressoam na escrita. Um secreto pudor a suspende onde ela sabe a evidência da carne viva. E é quando a envolve de oiro e de esmeraldas, metáforas de uma estesia explodindo de dentro. Agora se reencanta e invoca as vozes, canoando no rio-oceano deste livro. Sempre em Moçambique houve mundo e dele, com ele, se navegou, ancorou, outrou.
Luís Carlos Patraquim
in Editorial Caminho
Volta à estrada
Aos meus amigos:
Vou voltar à estrada...
àquela de que me desviei faz agora 5 anos e que faz diminuir de forma drástica o tempo livre. Os dias serão demasiado curtos para a quantidade de trabalho que aí vem. Sei que entenderão as minhas ausências e que terei o vosso apoio e encorajamento.
Também para vós o meu empenho nesta tarefa, pelo interesse que vos reconheço num maior conhecimento da História daquele cantinho africano à beira Índico.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Déjá vue...
Bar e refeitório fechados. Greve de funcionários. A confusão instalada na escola. Os alunos em tropel, num burburinho crescente, sobem as escadas até ao CE. São corridos e lá fora reclamam ruidosamente o almoço. É com o cartão da escola, antecipadamente carregado, que compram a senha para o refeitório ou adquirem no bar algumas refeições ligeiras.
Ao meio dia toca para as aulas e os professores dirigem-se para a porta a fim de se distribuirem pelos pavilhões de aulas. Os alunos concentram-se no pátio, impedindo-os de prosseguir. Gritam em uníssono "queremos comer". A união transformada numa força incontestável. A autorização superior, para saírem da escola a fim de ir almoçar, saíu inevitavelmente. Foi, enfim, a "conquista" de um bloco sem aulas... neste caso, com um motivo pertinente.
Um sorriso me perpassou pelo rosto ao apreciar que a força reivindicativa ainda assoma e se propaga entre os jovens quando pensam que lhes assiste a razão.
Reflecti e quase ouso dizer que é um sintoma significativo face ao estabelecimento de uma "ditadura mansa" no nosso país que se vai reflectindo e reproduzindo nos pequenos nichos de poder. São a já tendência para a prepotência de uns ou os medos de outros face aos superiores hierárquicos...
Logo à noite ouvirei dizer, decerto, que em todo o país a greve mal foi sentida e blá blá... que tudo correu normalmente.
Ontem, falava ao 11º ano do Contrato Social de Rousseau, do princípio de soberania do Povo que pode pôr e depôr governantes quando sente que estes falham. Cada vez me convenço mais que quem nos governa conhece muito de números mas pouco das lições da História, o que é de todo lamentável.
segunda-feira, outubro 17, 2005
Isto é arte!
Pergaminhos de Salamanca
Muitos portugueses que buscavam as luzes do saber percorreram no passado os caminhos para Salamanca e, ainda hoje, os excedentários do limitado sistema de ensino português ali acorrem procurando a justa correspondência às suas expectativas e vocação. Os que o podem pagar, certamente!
domingo, outubro 16, 2005
Mensagem do Nini
UM GRANDE BEIJO PARA TI E PARA TODAS AS PESSOAS QUE ACREDITAM EM MIM FOI DE FACTO MUITO BOM.......PARABENS A TODOS
NINI
sábado, outubro 15, 2005
Crónica de mais um dia de luta pela Justiça!
Perto das cinco da manhã já se perfilavam no ponto de encontro junto ao aeroporto dezenas de pilotos, equipas de televisão e amigos do Nini, prontos a embarcar no autocarro que nos levaria a Salamanca. Era o dia do início da Cimeira Ibero-Americana e propício à sensibilização de Hugo Chávez para o problema da prolongada detenção, sem julgamento, de um inocente apanhado nas malhas de uma teia feita de contornos e cumplicidades estranhas.
Feita uma paragem na Guarda, tomou-se o matabicho e ocultaram-se os cartazes cuja visibilidade podia comprometer a passagem na fronteira.
Por volta das 11, hora espanhola, chegávamos ao destino, sem sobressaltos. Desde logo observámos o aparato de segurança. Helicópteros, a presença da polícia por todo o lado, a pé ou automobilizada que nos controlava sem disfarce mas sempre de forma correcta e tolerante.
Conseguimos chegar a um ponto a cerca de 200 ou 300 metros do local onde iria ter lugar a Cimeira e de passagem de inúmeros peões. A polícia autorizou-nos a fixação no local durante cerca de meia hora que foi aproveitada para que as televisões divulgassem as imagens e fossem feitas entrevistas. Os pilotos, aprumados nas suas belas fardas, colocados ao lado do grande cartaz, enquanto nós entregávamos aos passantes cópias A4 do mesmo, em inglês e castelhano. Algumas palavras de admiração e louvor, tenho de dizer, pela atitude manifestada pelo povo espanhol, de interesse e compreensão pelo problema, bem diversa da que senti em Lisboa onde alguma indiferença e incompreensão foram evidenciadas por algumas pessoas. Foi-me dito por cá: se está preso é porque é culpado! Ponto final. É triste verificar o julgamento sumário de quem se está nas tintas para o sofrimento alheio e nem procura explicações para os acontecimentos. Infelizmente todos constatamos o carácter individualista e mesquinho do povo luso como já era afirmado por Basílio Teles, Eça ou Ortigão no século XIX. Não mudámos muito!
Os espanhóis com familiares na Venezuela, ou outros que lá haviam vivido, garantiram-nos saber bem qual a realidade daquele país, lamentando o sucedido ao Nini e mostrando preocupação quanto à forma de condução do processo. Confirmaram-nos apenas o que já sabíamos bem. É reconfortante, contudo, a solidariedade.
O boato de que Chávez não havia chegado corria célere, quiçá numa tentativa de desmobilização, mas finalmente foi confirmada a sua presença. A polícia mandou-nos, entretanto, dispersar e dirigimo-nos à Plazza Mayor onde circulavam muitas pessoas, depois de uma qualquer cerimónia pública que não identifiquei. Após alguns largos minutos a polícia falou com o representante dos pilotos, "sugerindo" que o tempo tinha acabado e que devíamos recolher, ou seja, dar por finda a manifestação e ir embora. Assim fizemos, pacificamente, escoltados até ao autocarro por policiais a pé e por um carro blindado. Os helicópteros brindavam-nos também com a sua sonora e visível presença, deambulando por sobre as nossas cabeças.
Eu e duas colegas avançávamos vagarosamente pela ponte enquanto sorvíamos a majestosa paisagem e eu lhes falava da história de Salamanca. Eis que as sirenes policiais se fizeram ouvir e assistimos à passagem a alta velocidade de diversos carros topo de gama, dentro dos quais seguia a comitiva de vários países sul-americanos: Brasil, Panamá, Venezuela... Pensámos ter vislumbrado o Chávez e agitámos freneticamente pequenos papéis enquanto mostrávamos as t-shirts com a foto do Nini e a palavra INOCENTE. Ao nosso lado, um homem atirava para a frente o peito, onde se podia ler: Morte ao Fidel. Mais ao fundo, a Bela e o Duarte agitavam a bandeira portuguesa.
Seguidos pela Polícia até ao limite da cidade, parámos num restaurante para almoçar e fazer o balanço do dia.
Positivo. Atingimos os objectivos. Tivemos visibilidade.
Foi mais um dia em que a solidariedade foi a palavra de ordem. Enterneci-me por ver e sentir o calor solidário dos pilotos, colegas de profissão, que não desarmam. Podia ter sido qualquer um de nós-diziam. Foi o Nini e por ele lutaremos até ao fim. Como nós, os amigos do Nini e da Júlia. Como gostaríamos que se fizesse por cada uma das pessoas injustiçadas no mundo e por nós próprios.
Dia 24 fará 1 ano que o Nini foi detido. Será mais um momento desta luta sem um previsto fim à vista. Para dia 27 está marcado o 21º julgamento que será o 1º..... (?????)
Um forte abraço ao Nini e a minha total solidariedade.
quinta-feira, outubro 13, 2005
Reflexão interessante
Ninguém duvida de que a próxima eleição presidencial não é uma eleição como as outras. Não se trata de mais uma eleição rotineira, de que resultará um pacato Presidente pronto a ajudar a gerir um país, um sistema político e uma economia em velocidade de cruzeiro. Bem pelo contrário, trata-se de uma eleição para saber quem estará aos comandos quando se der o contacto com o solo, numa altura em que os reactores parecem estar a falhar e o trem de aterragem ameaça não baixar. A escolha é entre ter um comandante que garante o despiste e o incêndio, e outro que evite o pior, mesmo que saltem bocados da fuselagem no meio da mais arriscada das operações. Por isto mesmo, importa ter uma noção precisa do que está em questão.
(...)
O próximo Presidente da República vai exercer o seu mandato em circunstâncias de falência sistémica, política e económica. (...)
luciano amaral in DN, 13 Out. 2005
Ao Gil!
entrevista
Lygia Fagundes Telles
"A escrita é um ofício de coração e paixão"
Serve-lhe para quê a palavra escrita?
É uma ponte que estendo ao leitor na tentativa de o atingir.
(...)
Sou uma autora do Terceiro Mundo, comprometida com as diferenças, as desigualdades sociais. Para mim, é essencial que a escrita tenha coração e compaixão. A arte dá esperança, coragem.
(...)
Machado de Assis escreveu "Esta é a glória que fica, eleva, honra e consola." Falava da escrita, dessa paixão que nos leva a dar o que temos nas mãos.
A escritora brasileira Lygia Fagundes Telles recebe hoje, às 16.00, em Serralves, o Prémio Camões.
Ao DN fala da criação literária, da loucura, do amor e da morte
Ana Marques GastãoDN- Natacha Cardoso
segunda-feira, outubro 10, 2005
Nada que me assombrasse...
Eram 19 horas quando comecei por esboçar um sorriso perante as primeiras previsões que foram anunciadas. O cartão vermelho ao autista PS. Carrilho, João Soares e Assis, metendo a viola no saco. Sócrates, disfarçando a vontade de demitir o povo para o qual não é inteligível a sua governação.
O sorriso transformado em esgar raivoso e inconformado ao constatar, ainda que sem assombro, a vitória destacada de três independentes a contas com a justiça. Confirmada, dolorosamente, a indigência moral e mental de uma boa fatia do povo a que pertenço. Vergonhoso!
A gargalhada ao aperceber-me que Manuel Alegre ultrapassa nas sondagens Mário Soares.
O caminho está aberto para a entrada em glória de Cavaco, ornado das certezas de uma vitória fácil. Ninguém quer nada com este PS e a estrada para Belém será por ele trilhada como quem passeia, apreciando a paisagem. A não ser que...
domingo, outubro 09, 2005
Portugal também!
Portugal-2/Liechenstein-1
Lá estaremos no Mundial!
Pela 41ª vez na Selecção, Pauleta marcou. Nuno Gomes presenteando-nos com o segundo golo, 2 minutos após a sua entrada em jogo. Numa partida sem história, mas com estádio cheio, lá seguimos em direcção a 2006.
Força Selecção das Quinas. Num Portugal tão triste que haja algumas alegrias...
sábado, outubro 08, 2005
Palancas Negras
Deixa-me rir...
Deixa-me Rir ...
(Imediatamente me ocorreu este tema de Jorge Palma, vá-se lá saber porquê... João Soares em Sintra? Carrilho em Lisboa? Assis no Porto? Arrobas em Cascais? Oh sr. engenheiro, prevejo o desaire que a sua arrogância ainda não lhe permitiu dar conta. E depois, espere pelas presidenciais.)
porque:
Eles Já Estão Fartos
Eles já estão fartos de saber o que tu queres deles.
Eles já estão fartos de saber quem quer vendê-los.
Eles já estão fartos de ouvir dizer: tem que ser. (...)
Faz-te imensa confusão vê-los tristes e cansados.
Para ti, eles não passam de uns preguiçosos(...)
Aproveito, ainda, para manifestar o quanto aprecio Jorge Palma.
sexta-feira, outubro 07, 2005
Autárquicas em Cascais
No domingo vou votar Capucho para a Câmara de Cascais. Atribuo-lhe o mérito de ter contribuído, de forma visível, para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes do concelho. A título de exemplo, saliento a construção da nova Biblioteca Municipal, do Pavilhão Desportivo dos Lombos e a renovação do espaço ribeirinho, em Carcavelos. Após a decepção da arrepiante gestão Judas, pela primeira vez na vida, encontro-me a votar dentro do quadrante do PSD.
Se não bastasse a acção satisfatória deste autarca no concelho e o reconhecimento da sua integridade moral, acrescentaria ainda o facto de que me obrigo a votar contra o PS, partido ao qual, ao longo de 30 anos, me mantive fiel.
Porquê?
Pelas suas medidas avulso, onde há ausência total de diálogo e de um estudo prévio sobre os consequentes impactos das mesmas. À boa maneira portuguesa, escrevem-se os ditames em cima do joelho e quando as explosões se fizerem sentir, não há responsáveis. Ou seja, há, mas são sempre responsabilidades imputadas a outros, já sem rosto e diluídos no tempo.
Porque Sócrates não pediu mais Câmaras mas mais votos no PS, inconsciente ainda das consequências dos seus disparos a torto e a direito, espero bem que estas eleições possam demonstrar-lhe que o que interessa ao país não é a retirada brusca e não dialogada do tapete debaixo dos pés dos portugueses mas a eficácia resultante de medidas bem pensadas e devidamente avaliadas.
Um edifício não começa a ser construído pelo tecto, Sr. Sócrates! Creio, enfim, que Marques Mendes crescerá um palmo e meio no domingo... o que aplaudirei.
Ora então, voto em Capucho e, pela primeira vez no laranja. Ups!
quinta-feira, outubro 06, 2005
Ao Zé!
De ti, recordo intensamente o humanismo, a alegria, a inteligência, a cultura, o sentido de justiça, o carácter...
Todas essas qualidades tornadas fragilidades na hora em que teimaste que lucidez era ficar e lutar pelos ideais enquanto os teus amigos partiam.
Ficaste e acabaste engolido pela decepção. Pela decepção gerada por uma luta inglória.
quarta-feira, outubro 05, 2005
Votarei no Poeta!
Manuel Alegre diz que não se candidata contra ninguém e que pretende unir a esquerda. Na SIC Notícias, na primeira entrevista desde que anunciou que é candidato à Presidência da República, criticou Mário Soares. Manuel Alegre diz que o candidato apoiado pelo Partido Socialista tem uma ideia de República demasiado dependente das máquinas partidárias.
Pois... Estava um pouco farta de candidatos contra Cavaco. Prefiro de longe um candidato a favor de uma união.
Sempre gostei de Mário Soares mas, este querer voltar extemporâneo e a força da máquina partidária por trás da sua candidatura fez com que a minha admiração por ele diminuisse substancialmente. Tenho pena quando os mitos se desvanecem. Não votaria nele. Sei que, como eu, muitos portugueses estão decepcionados. Com Soares e com o PS.
A sensação que me fica, ao momento, é a de que dois nomes se perfilarão numa segunda volta: Alegre e Cavaco. Entre os dois, indubitavelmente, prefiro um homem das Letras, um humanista, a um homem dos números, não tão sensível às questões sociais.
Porque"...há sempre alguém que diz não",
para ti, o meu voto, Poeta!