"...Com um olhar romântico, ela chegou à conclusão de que o amor devia, decerto, residir no hiato entre o desejo e a realização, na carência e não na satisfação. O amor era a dor, a expectativa, o afastamento, tudo o que o rodeava, menos a própria emoção."
in Kiran Desai, em A Herança do Vazio, Porto Editora, 2007, pág. 11 (vencedor do Man Booker Prize 2006)
Ainda estou no princípio e, por isso, não posso fazer uma apreciação pessoal, mas achei interessantes estas considerações em torno do tema amor. Penso que a emoção e a paixão estão nesse hiato, no quase, no limiar da realização, um quase que está condiciondo pelo talvez.
CB
7 comentários:
gostei, apoderei-me da divagação e senti-a como (também) minha
bj
Numa introspecção mais atenta poderemos dizer que de facto assim é pois enquanto não estamos apaixonados ou não nos sentimos perdidos de amor o nosso espírito descansa em paz (salvo seja, rss e o contrário já nos traz num turbilhão de medos e inseguranças.
Sem entrar no mérito do post, que bom te ver "postando" de novo.
Um beijo grande.
Aos três: grata por passarem.
ZP, um dia descobri um leitor que, embora a inércia desta "koisa", postou simpaticamente. Funcionou como uma espécie de "dopping" e lá dei corda aos sapatos.
Eu tinha um leitor. (lol)Grata a este "muso".
Por favor não me chame nomes eheheheh. Estou a brincar consigo. Digo-lhe ao ouvido que gostei e mais fico contente por ter retomado a sua escrita tão digna de ser lida.
Marinheiro
Olhe, marinheiro, como são as "cousas"... Então não é que, ontem, passeando-me numa das minhas "catedrais" favoritas, a FNAC, dei com o último cd da Maria Betânia, "mar de Sofia" em que homenageia a grande poeta e vai cantando sobre marinheiros, sereias, peixinhos... Lol
isto passou da Betesga à Rua Augusta em hora de ponta!
:-))
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