imagem copiada daqui.
Porque neste Portugal, pouco a pouco amordaçado, é preciso recordar que...
Letra Para Um Hino
É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros.
Se te apetecer dizer não grita comigo: Não.
É possível viver de outro modo.
É possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor.
É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar.
Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre, O canto e as armas
poema retirado deste blog
13 comentários:
Vejo que a minha sereia retomou a inspiração do seu blog. Que maravilha!
Marinheiro
Então, marinheiro, sabendo que tenho um leitor...lol. Agora inspiração, inspiração, cadê ela? Sufocou ou tem dias, né?
Inspiração é assim mesmo, vai e vem ao sabor das ondas, umas vezes de onda alta, outras de onda baixa, às vezes calma a espalhar na areia, outras nervosa a bater na rocha.
Minha sereia, porque é que há gente para quem tudo é desconfiança e tudo tem que ser desmascarado até ao mais ínfimo pormenor da "desvirtualidade"?
Marinheiro
1. Inspiração só funciona ligada ao génio e, este, a meu ver, não será um dos meus dotes. Daí, que me contenha quando me sinto inspirada, reservando pequenas e fugazes genialidades para o meu mundo privado. Ficam nas sombras como o meu ego pois ao sol ponho tão somente a aparência.
Isto liga-se a:
2. O medo é um dos sentimentos inscritos no ser vivo. Repare no cão ou gato perante o desconhecido. São cautelosos, prudentes até constatarem que estão em segurança. É o instinto natural na preservação como indivíduo e como espécie. Como tal, instintivamente há contenção e esta cresce em vivência social humanizada, tendo em conta que neste planeta anda meio mundo a tentar lixar o outro meio.
e ainda,
3. porque sou lerdinha de todo e não faço ideia de quem maruja pelo mar que bordeja as praias de Honolulu. Os meus iscos foram ignorados e pressinto que o marinheiro sorri zombeteiro o que me deixa uma sereia escamada.
4. Já percorri múltiplos caminhos por entre ondas do pensamento e penso que seja... mas logo a seguir vem outra onda que esmaga a anterior. Grrrr...e as ideias diluem-se em espuma
5.Que ideia a sua, distraindo-me das pequenas rotinas comezinhas...
6."Apanhá-lo" dar-me-á (ia?)um prazer do karaças...
7. Quem será o marinheiro? Se és tu, Gil, faço-te em faniquinhos e penduro o teu esqueleto a secar no batel algures nas Caraíbas. Oibiste?
Compreendo as suas dúvidas porque eu as teria na mesma pelas mesmas mas deixe-me gabar-lhe a paciência para me aturar os devaneios.
Uma coisa eu quero que fique bbem assente entre nós a partir desde já: respeito-a.
Marinheiro
Boa tarde, marinheiro.
"Aturo-lhe" os devaneios porque. desde o primeiro momento, o pressenti delicado e respeitador. A sua abordagem foi subtil e simpática. Depois, porque está envolvido numa aura de mistério e isso despoleta aquela atracção, tão humana, pelo desconhecido. É o desafio, o desejo de descoberta, que fazem olear o cérebro no sentido de ordenar um puzzle com tantas peças soltas. Uma vez, ofereceram-me um puzzle que representava um ovo branco sobre fundo branco e, ups, ainda está à espera de melhores dias. Espero que o amigo marinheiro não constitua um idêntico puzzle, lol.
Mas, marinheiro, será impressão minha ou há uma certa tristeza em si?
Um abraço
Em primeiro lugar diga-me antes por demais conversação: será conveniente falar do nosso profundo ser num espaço tão público? Pelo que vejo se o seu blog esteve parado tanto tempo, de repente vejo que não só eu o mouro na costa.
Disse tristeza. Gostaria de saber de onde lhe vem essa sensção que é tão certa.
lol, mouro na costa, marinheiro,no meu perfil há o meu endereço para e-mails. Sabe que, trimestralmente, alguém passa por aqui pra ver se estou viva.
Quanto à sensação de alguma tristeza, dir-lho-ei privadamente. É um feeling... que advém da leitura dos seus comentários.
CB
ok, ok... "namorem" lá à vontade, o mouro cala-se já! :-)
ah! miúda, foi bom ver-te viva, ressuscitada! ;-)
:-(
... e não é que levaram as minhas palavras a sério?
:-(
ora bolas! assim não venho cá mais!...
Gil, mangusso mor, não amua, sff. Vem mourar nesta costa tão deserta. senão entro em repouso de novo. E quem s'importa, né? Bêjo
Eu importar-me-ia.
Ping pong
outro
...
C., tenho um book para te entregar e, mais, sei que vais gostar de lê-lo! :-)
um dia destes apareço para uma bejeca, deixa a temerária borboleta aviadora regressar! ;-)
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